AÇÕES

terça-feira, 3 de maio de 2011

Filhos, manual da proprietária

Manha, choro, birra: saiba o que fazer quando o seu filho age assim


A frase "educar é um ato de amor" é bem conhecida. Pois é, na teoria tudo é muito bonito e recompensador, já na prática a tarefa não é tão simples assim. Em certos momentos, lidar com os pimpolhos fica bem complicado e exige uma dose maior de paciência e, principalmente, persistência. Quem nunca ficou sem saber o que fazer quando o filho se recusa a comer? Ou quando ele chora não querendo ir para a escola? Qual a solução? Chamar a Supernanny para dar uma ajudinha em casa? Nada disso! Leia este manual com atenção e certifique-se se você está usando corretamente a educação de seu filho.
Antes de qualquer atitude mais drástica é preciso saber se você está disposta a educar. "Os pais têm que ter disponibilidade interna para essa tarefa, porque educar exige perseverança e, às vezes, é necessário abrir mão de algumas coisas. Não é uma ação que você pode descartar. Educar é um exercício diário", afirma.
“Chame seu filho com certa antecedência, dê um banho para ele se acalmar e aí, sim, leve-o à mesa. É quase um ritual, e ele vai se acostumar a isso”
O passo inicial é observar o comportamento do seu filho nas diversas situações diárias. Muitas vezes, o desequilíbrio pode estar nos outros membros da família e não na criança - ela apenas reage aos problemas que se apresentam.
Tudo se trata de um jogo e são os pais que normalmente iniciam essa "brincadeira". "A criança tem uma visão de mundo muito curiosa. Quando ela percebe que os pais estão inseguros ou com pressa, ela tem o jogo nas mãos. É um controle inconsciente que ela tem. Os adultos precisam aprender a usar em casa tudo o que eles aprendem sobre marketing no trabalho e mudar a tática. Não entrem no jogo das crianças. Você só joga quando tem alguém para jogar". Portanto, se o jogo na sua casa já começou, prepare suas peças e... boa sorte!

Drama 1: seu filho não quer comer.

Esse é realmente um drama para muitos pais. Por mais que eles insistam, que criança vai querer parar as brincadeiras, jogos e diversão para comer? Momentos como esses são sinônimos de dor de cabeça e muita chateação. É lógico que é preciso ter certas regras em casa e o horário de refeição deve ser um momento especial e tranqüilo. "Chame seu filho com certa antecedência, dê um banho para ele se acalmar e aí, sim, leve-o à mesa. É quase um ritual, e ele vai se acostumar a isso". Esse é um momento em que toda atenção deve estar voltada para a refeição. Portanto, computadores, videogames e televisão devem estar desligados. "Você deve educar seu filho para que ele perceba que tem hora e tempo para tudo".
Se ainda sim o seu pimpolho não quiser comer, respeite-o. Isso mesmo. "Gente, os pais devem entender que as crianças podem estar sem fome mesmo. Isso acontece de vez em quando comigo, com você, por que não com as crianças?", são nessas horas que os filhos têm os pais nas mãos. "Se você obriga, a criança vai entender que tem o controle. Aí os pais se desestabilizam, fazem chantagens, forçam-na a comer, colocam-na de castigo. A sua tática a partir de agora é fazer o jogo do contrário. Não quer? Não come! Espere a próxima refeição".

Drama 2: não quer dormir na hora certa.

Imagine a cena: você e seu marido estão exaustos depois de um longo e estressante dia de trabalho. Mas o seu filho parece estar alheio a tudo isso e permanece com a bateria recarregada. Depois de várias tentativas para apertar o botão de desligar, você o obriga a dormir. É a típica situação traumática para pais e filhos, que vai se perpetuar se você não agir no cerne da questão.
A primeira coisa que você deve fazer é reparar se a sua rotina não está alterando os horários do seu filho. Nos dias de hoje, pai e mãe precisam se desdobrar para pagar todas as contas, fazem cursos e especializações e possuem uma vida repleta de compromissos e cobranças. A corda arrebenta no lado mais fraco. Resultado: as crianças acabam ficando muito tempo sozinhas. Quando os pais chegam em casa, os filhos, obviamente, querem aproveitar o pai e a mãe. Ao mesmo tempo, a escola recomenda que as crianças durmam cedo para estarem dispostas no dia seguinte. E agora, como lidar com esse dilema?

Sugestão:

Reveja a rotina da família. "Tente encontrar o máximo de tempo para estar com os seus filhos. A hora da refeição, por exemplo". Mas, ela lembra, é importante que esse tempo tenha qualidade e não só quantidade. "Você pode passar duas horas com seu filho, mas com a cabeça nos seus problemas. É preferível separar quarenta minutos de dedicação exclusiva a ele e depois mostrar que você também tem que cuidar de outros afazeres"


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