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E o aumento do número de pesoas que se matam vem assustando profissionais da saúde. É justamente pensando em alertar a todos que, no começo do mês, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) lançou uma campanha para prevenir e aconselhar pessoas com intenções suicidas. Vídeos de 30 segundos e livretos informativos distribuídos em estações de metrô serão as principais frentes da estratégia. “É preciso quebrar o tabu. É importante que as pessoas saibam que sentir vontade de se matar faz parte do agravamento de um quadro e que elas podem ser tratadas se forem atrás das causas que levaram a isso”, afirma Luiz Alberto Hetem, vice-presidente da ABP.Cerca de 90% dos casos de
suicídio no Brasil se devem a complicações decorrentes de transtornos mentais ou psiquiátricos, que, segundo especialistas, poderiam ser evitados com tratamento adequado. “Transtorno bipolar, depressão, dependência de álcool ou de outras drogas e esquizofrenia são as doenças mais comuns relacionadas ao suicídio”, explica Lena de Abreu, do Programa de Transtorno Bipolar do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP).
No País, o maior índice de mortes por suicídio acontece nas capitais. A taxa é maior entre os homens e costuma ocorrer com mais frequência na faixa etária dos 16 aos 35 anos. Foi justamente aos 35 anos que a mãe do escrevente Fábio Davidson tentou se matar pela primeira vez. Diagnosticada com esquizofrenia, ela tirou a própria vida anos depois. “É o tipo da dor que você não supera, só aprende a conviver”, diz Davidson.
Muitos dos que apresentam quadro inicial de depressão, como fraqueza, falta de ânimo ou de apetite, não fazem ideia de qual doença têm, procuram um clínico geral e não recebem o tratamento adequado. “O suicídio é um problema de saúde pública, pois é a terceira causa de morte no Brasil, atrás de acidentes de trânsito e homicídios”, diz Hetem. Quanto mais cedo se buscar ajuda, maiores são as chances de transtornos ligados ao suicídio serem tratados antes que seja tarde demais.
Infelizmente o transtorno bipolar tem elevado o número de suícidios no Brasil e no mundo. Eu creio que é possível mudar esse cenário com mais informações às pessoas. Principalmente aos cuidadores desses doentes. Parabéns pelo o texto e pelo blog. Os textos chamam atenção. Boa semana!
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